quarta-feira, 12 de março de 2008

Vontade..




















VONTADE
Quero uma boca!
que cole os encaixes dos meus poros em melodias sub-linguais
Quero mãos!
Esfregando as entranhas da carne e despindo a sensatez
em doses generosas de loucura.
Quero a respiração!
Ar rarefeito e arfante que me arde o sangue quando entrego
o ventre aberto,exposto,ilícito,molhado,explicitamente e oferecido.
Quero apenas o teu ser!
Num jogo embolado,alucinado,emaranhado,enredado e seduzido
no meu querer.
Quero brincar de te envolver....
Aceita o jogo?

(desconheço autoria)

2 comentários:

Ulisses José Da Silva disse...

Quero jogar

Prometa nunca parar
Tens minha boca
Onde quiser
Deixa-me lamber
Não sou tua boca
Não só tuas coxas
São tuas minhas mãos
Onde quer cariarias
Nos teus seios macios
No teu bumbum lisinho
Nas costas teus arrepios
Nos cabelos eu puxo
Neste jogo não há sensatez
Há muita malicia e prazer
Deixa eu jogar
Ensina-me a te amar
Já me seduziu, qual teu nome
Mulher que me tens
Menina safada geme e me diz
Goza pra mim, deixa-me jogar
Envolveu e some
Envolveu e me dá fome
Mata-me mas me ame
Deixa eu jogar
Me convidou e faltou
Olho pro lado Santo Amaro
Cadê você
Vem jogar

Ulisses Reis®
11/04/08

Anônimo disse...

SÓ MAIS UMA VEZ!!!!!


Só mais uma vez
o sabor dos teus lábios nos meus
e nus e rijos teus fartos seios
em aperto nas minhas mãos

...só mais uma vez!

Pudesse eu ser teu
e na tua cama a minha pele
a despir a tua de puro desejo
as almas esquecidas
e os corpos com os sentidos
a descer o desejo e levitar as almas
das mãos em brasa pelas carícias
do tocar da nudez da carne

...só mais uma vez!

Não há o lugar para as almas
Mas os corpos, os corpos se unem
fundo galgando margens
até tudo ser mar
Corpos tatuados de imagens
embriagadas pelo sémen
e o clítoris latejante de frémitos espasmos
e um silencio demorado
sussurrado pelo orvalho da carne
e o corpo jamais nega
eréctil falo na húmida vulva
o sabor de tudo começa aqui
no delírio do sentir de todas as vibrações
Qual alma que respira
o êxtase é do excesso do sexo
só os sentidos falam…

...só mais uma vez!

O tempo não é breve nem longo
as horas inundam as veias
perfumes, odores, sentidos…
os gritos que ainda se escondem
dentro do sexo das nuvens…
que por vezes numa brisa
toma a tua forma despida
e te folheia folha a folha
em som da voz a chamar por ti

... só mais uma vez!

E tanto amor fizemos
que não coube nesta vida
ambos tivemos que morrer
para nascer outro dia talvez
Este tempo sem testemunhas
que quase não passou por aqui
apenas esta ausência profana
que ainda arde
e viola todas as leis…
...só mais uma vez!